PRESENTE
A Cidade da Música será reaberta ao público no início do segundo semestre de 2011, afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. De acordo com ele, as obras para a reinauguração do complexo estão “a pleno vapor” há um ano e meio, com término previsto para junho ou julho.
Segundo Paes, o complexo deverá ser entregue à iniciativa privada após a conclusão das obras. O prefeito, no entanto, avalia que o modelo de administração só será possível com a ajuda da prefeitura. Cálculos realizados pelo governo municipal estimam um gasto anual de R$ 25 milhões com a manutenção da casa.
A Cidade da Música foi inaugurada inacabada em dezembro de 2008 pelo então prefeito, Cesar Maia. Para a ocasião, apenas uma das salas ficou parcialmente pronta: a Grande Sala dos Concertos, com capacidade para 1.800 lugares.
HISTÓRICO
A Cidade da Música teve um investimento inicial de R$ 500 milhões. Esse investimento foi marcado por polêmica, pois, outro grande projeto cultural, "Cidade do Samba", teve um custo de R$ 100 milhões, cinco vezes menos. Segundo a secretaria municipal de Cultura, o complexo cultural deve consumir só para manutenção – que inclui custos de água e luz, por exemplo – R$ 7 milhões por ano.
O conjunto possui aproximadamente 95 mil metros quadrados e conta, além das salas de concerto e música de câmara, 13 salas de ensaio e salas de aula. Do terraço, tem-se uma visão panorâmica da região, que abrange a praia da Barra, e a Baixada de Jacarepaguá. Dois acessos estão em fase de finalização e devem unir a Cidade da Música ao Terminal Alvorada.
Localizada no Trevo das Palmeiras, Barra da Tijuca Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, o projeto, de autoria do arquiteto francês Christian de Portzamparc e bancado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, foi apresentado em outubro de 2002, prevendo gastos de R$ 80 milhões e inauguração no fim de 2004. Contudo, tanto o orçamento quanto os prazos de conclusão sofreram grandes aumentos, como comentado acima.
Inicialmente, a Cidade da Música seria batizada com o nome do jornalista e empresário Roberto Marinho, das Organizações Globo, falecido semanas antes do início das obras. O decreto (n° 23243) que deu nome à Cidade da Música foi expedido pelo prefeito Cesar Maia em 7 de agosto de 2003, um dia após a morte de Marinho. Mas a pedido da família de Marinho, que não queria ver o nome do empresário ligado à obra, o mesmo prefeito assinou novo decreto renomeando o complexo de, simplesmente, Cidade da Música.
A construção da Cidade da Música vem sendo severamente criticada pela população do Rio de Janeiro. A obra é considerada excessivamente cara, além de haver grandes suspeitas de superfaturamento.
A obra também é considerada não-prioritária, visto que a cidade do Rio de Janeiro possui na atualidade diversos problemas graves como extensa favelização; engarrafamentos crescentes; centenas de ruas esburacadas e com iluminação precária; péssimo sistema de saúde e educação; desordem urbana generalizada; e outros, que poderiam ser amenizados com o enorme volume de dinheiro aplicado na obra.
Outro problema é a localização da obra: grande parte da população considera que o local escolhido deveria abrigar futuramente uma grande estação de metrô ligada ao Terminal de Ônibus Alvorada, que fica ao lado.
Por fim, estima-se que a conclusão da obra trará mais prejuízos aos cofres públicos. Segundo estudos, a Cidade da Música tende a ser deficitária.
Até hoje esta obra ainda não foi concluída, embora tenham sido gastos mais de R$ 600 milhões. A previsão é de que a obra fique pronta em meados de 2011.
- Área do terreno: aproximadamente 95 mil m²
- Área construída: 87.403 m²
- Grande Sala de concertos com 1.800 lugares (adaptável para ópera, neste caso para 1.300 lugares)
- Sala secundária com 800 lugares
- Sala de música de câmara com 500 lugares
- 13 salas de ensaio
- 13 salas de aula
- 3 salas de cinema
- 3 lojas
- mídiateca
- restaurante
- cafeteria
- foyer musical
- 738 vagas de estacionamento
Nenhum comentário:
Postar um comentário